Segundo dados da SSP-AM, os crimes contra a pessoa idosa em 2025 aumentaram cerca de 19% em comparação com o mesmo período no ano anterior.
Por Aline Ferreira, Élida Figueiredo e Wellington Almeida.
Os casos de violência contra idosos cresceram 19% no Amazonas em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). O aumento revela não apenas a vulnerabilidade crescente da população dessa faixa etária, mas também as falhas persistentes nas políticas públicas e no amparo familiar, que deveriam garantir segurança e dignidade a quem envelhece no país.
Em um caso recente, que corrobora com o aumento dos casos de violência contra a pessoa idosa no Estado, um idoso, de 61 anos, morreu em setembro após ser agredido com um pedaço de madeira no beco Ayrão, na Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus. Segundo testemunhas, ele foi atropelado antes das agressões pelo suspeito. O homem foi preso em flagrante.

Este é um problema enfrentado não só aqui, mas nacionalmente, conforme os números registrados pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), nos primeiros meses de 2025, o número de casos de violência contra os idosos no Brasil aumentou 38%, com mais de 65 mil denúncias registradas.
Por trás dos números frios das estatísticas estão histórias de dor, abandono e silêncio. Muitos idosos, que dedicaram a vida ao cuidado de suas famílias, hoje enfrentam agressões físicas, psicológicas e até financeiras dentro dos próprios lares. O medo e a vergonha ainda impedem que grande parte deles denuncie, transformando a violência em um ciclo invisível e cruel. Esse cenário reforça e chama atenção para um número elevado e alarmante.
Quando a violência acontece, aqueles que a presenciaram devem buscar os canais apropriados de denúncia. Em muitos casos, uma intervenção inicial é capaz de evitar problemas maiores.
Como denunciar?
Quem presenciar ou tiver conhecimento de algum um caso de violência contra uma pessoa idosa deve fazer a denúncia, que pode ser feita pelo Disque 100, pelo Centro de Atendimento à Mulher (Ligue 180), pelo Conselho Municipal do Idoso da sua cidade ou pela Polícia Militar do seu Estado (Ligue 190).