O curso de Jornalismo do Centro Universitário Fametro, realizou ontem quinta-feira (12/11) para os alunos de todos os períodos do curso, palestras virtuais com o tema “Jornalismo e Política”, dividido nos turnos da manhã com Paulo Markun às 09h e à noite com Luís Costa Pinto às 19h. Ambos são jornalistas e escritores.
A palestra ocorreu pela plataforma Google Meet e contou com a participação de 64 pessoas, entre alunos e professores. O objetivo do encontro, que também integrou a avaliação interdisciplinar de todas as turmas, foi permitir a troca de experiências dos profissionais com alunos e professores.
Em sua apresentação Luís Costa Pinto destacou a importância das fontes para o jornalista. Segundo ele, para se conquistar uma fonte não é preciso se vender, basta ter um bom diálogo dentro da redação, pois muitas vezes o chefe atropela a ética e quando o jornalista sabe dos fatos, ele diz não para o chefe.
Características- O jornalista destacou três características básicas para quem tem interesse de seguir a área de política e ser um bom repórter. Primeiro, é preciso ter formação: “Nós jornalistas não temos que reproduzir simplesmente as ideias dos outros, nós temos a obrigação de pensar sobre aquilo que ouvimos, de jogar aquilo que ouvimos e para que isso seja feito tem que ter formação.
A segunda característica é ter uma cultura política contemporânea, saber quem é quem ter conhecimentos sobre a conjuntura política, econômica e social.
E por último, em terceiro lugar é apresentar um diferencial competitivo: “Para você escrever uma notícia que tenha informação e análise, você precisa conhecer a pessoa, saber qual é a forma como ela pensa, qual é a maneira que ela tira as suas conclusões e aí, você vai ter que ter conversa é um momento de convívio”, ressaltou Costa Pinto.
Bastidores- O estudante de jornalismo do 4° período Walison Teixeira de 23 anos, gosta de assuntos relacionados a política e para ele foi muito produtivo, pois sempre teve a curiosidade de saber os bastidores da política brasileira e de toda a conjuntura do caso Dossiê Cayman e do empresário e político brasileiro Pedro Affonso Collor de Mello.
“A palestra do Luís me fez enxergar o quanto é importante manter o jornalista atualizado e estar por dentro de tudo o que acontece na nossa gestão pública e também foi um aprendizado pra mim. Não é todo dia que tenho a oportunidade de ouvir um jornalista experiente e gabaritando tudo, como o Luís Costa”, frisou.
Experiência ampla– Luís Costa Pinto tem 52 anos, é jornalista graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e se formou em agosto de 1990. Ele tem um currículo bastante amplo, foi chefe das sucursais da Veja no Recife e em Brasília, editor e repórter especial da Veja, repórter especial de O Globo e Folha de São Paulo, entre tantos outros.
Em 2002 deixou as redações para coordenar a área de comunicação da campanha presidencial de Ciro Gomes à Presidência. Desde então, se dedica à consultoria de comunicação e estratégias, além de fazer análise de cenários. É autor de “As Duas Mortes de PC Farias”, de 1996, e de “Trapaça – Saga Política no Universo Paralelo Brasileiro”, volume 1, lançado em novembro de 2019; volume 2 lançado em maio de 2020 e volume 3 programado para março de 2021.