Por Guilherme Oliveira
A Casa Miga, que acolhe pessoas LGBTs desamparadas socialmente e rejeitadas pela família, está precisando de doações em dinheiro. A verba doada servirá para pagar contas da Casa, como aluguel, energia, água e internet. Essas despesas valem aproximadamente cinco mil reais por mês. Atualmente, a Casa é mantida através de campanhas regionais e nacionais. Porém, como não é uma renda fixa, o lar se preocupa com o futuro próximo.
Além da verba em dinheiro, a casa de acolhimento LGBT+ também está aceitando doações de alimentos perecíveis ou proteínas, como carnes e frangos, que são os alimentos que mais faltam. Doações como vestimentas, roupas de cama, entre outras, podem ser verificadas com os responsáveis.
Os interessados em se tornar apoiadores do Lar podem acessar a benfeitoria da Casa, por meio do link benfeitoria.com/casamigalgbt. Lá, é possível se cadastrar para ajudar a Casa mensalmente, ou fazer uma doação direta via transações bancárias, como Pix, por exemplo.
Sobre a casa
Além de fornecer abrigo às pessoas desassistidas, a Casa desenvolve outras ações com a comunidade, como workshops, lives, debates etc. O coordenador da Casa, Lucas Brito, fala sobre a oferta dessas atividades. “A Casa é um espaço de acolhimento pra população LGBT+, um espaço de proteção e segurança. Esse é o principal objetivo. Porém, entendemos que além da moradia e alimentação, precisávamos capacitar essas pessoas. Hoje realizamos atividades voltadas à saúde, educação e formação profissional, tanto para pessoas que moram e são acolhidas pela Casa, como para a comunidade LGBT+ em geral”. O coordenador também comenta que busca integrar mulheres e a comunidade LGBT+, já que os dois públicos estão na luta pelo respeito e igualdade na sociedade.
A capacidade de acolhimento da Casa é de até 18 pessoas. Hoje, conta com quatro funcionários fixos, sendo o coordenador geral, assistente social, assessor de comunicação e o cozinheiro, além da professora de inglês e outros voluntários em atividades específicas.
Situação dos acolhidos
De acordo com Lucas, os perfis de pessoas que o lar costuma receber são expulsas de casa ao se assumirem LGBT+, vítimas de violências verbais, psicológicas e sexuais relacionadas à LGBTfobia, além de refugiados e imigrantes LGBT+ que não encontram segurança em abrigos convencionais do poder público.
Pandemia
Brito ressalta ainda a situação da Casa com a chegada do coronavírus. “No início da pandemia, nossos recursos estavam quase no fim e as doações de alimentos tinham sido encerradas. Foi quando tivemos que investir o dinheiro que tínhamos em caixa e quase fechamos. Mas com o tempo, conseguimos apoio de algumas empresas privadas e, aos poucos, conseguimos reorganizar nossas atividades e recursos. Seguimos até então com limitações, muitos dos acolhidos não conseguem emprego e nem regularizar documentações e voltar aos estudos”, conclui o coordenador Lucas Brito.
O lar fica localizado na rua Bandeira Branca, Bairro Aparecida, e foi a primeira casa de acolhimento LGBT da região norte do Brasil. Para saber mais sobre a Casa Miga, acesse as redes sociais pelo @casamigalgbt. Os interessados em doar podem mandar a quantia desejada para o Pix da Casa, pelo o número (92)98450-7199.