Por Jaciara Ferraz
No dia Internacional da Liberdade de Imprensa, uma data utilizada para reflexão do cenário jornalístico, destaca-se um expressivo aumento, em 2020, da violência não-letal contra jornalistas brasileiros. Segundo registros feitos pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), foram 428 ocorrências ano passado, aproximadamente 105% a mais que em 2019, quando 208 casos foram registrados.
Destaca-se que os números de 2020 foram registrados durante a pandemia da Covid-19, período em que se acredita ter havido um aumento dos discursos que ofendem e incitam o desrespeito ao trabalho dos jornalistas, que mesmo com a saúde precária, continuaram exercendo a função.
Além disso, destaca-se que esses discursos, muitas vezes, partiram de parlamentares e até mesmo de Jair Bolsonaro, o Presidente da República. Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Amazonas, Wilson Reis, “os principais responsáveis figuram a polícia, agentes públicos, parlamentares e o Presidente da República, este último, expressa, junto com seus seguidores, uma dificuldade em se relacionar com a imprensa”.
Questionado sobre o suporte dado aos profissionais que sofrem represálias quanto ao exercício da profissão, Wilson destacou que, além da nota de repúdio ao ato e solidariedade às vítimas, o Sindicato coloca à disposição dos jornalistas a Assessoria Jurídica da entidade.