Por Rodrigo Xavier
A Amazônia é estrategicamente importante como para o planeta como um filtro de café é para seu delicioso cafezinho. Em consequência da evolução da humanidade, as indústrias e o consumo de bens e serviços, aceleramos em produzir CO², gás carbônico, responsável pelas mudanças climáticas que ocorrem em todo mundo. Não se trata de mero aquecimento temporal entre o verão e super congelamento no inverno. Mudanças no clima fazem com que a terra aqueça, rios sequem, tempestades e ventos furiosos em muitos lugares, tragédias naturais mais frequentes e mesmo a falta de alimento em decorrência de seca extrema ou geada. Em desfavor das atividades econômicas está a própria consequência naturais de atos prol economia sem sustentabilidade.
Ao aquecer seu café em um fogão a gás você está emitido menos CO² que, pelo mesmo tempo, você fazer um deslocamento em automóvel. Agora imagina a quantidade de cafezinhos necessários diariamente para iniciar mudanças extraordinárias no clima do mundo. É inimaginável nestas proporções. Porém a indústria global produtora de bens e serviços, onde cafezinhos são servidos diariamente, produzem toneladas de gases suficientes para descontrolar o clima em muitos lugares do mundo e por outro lado a floresta Amazônica tornou-se o filtro de absorção de parte desses gases. Daí a importância de manter a floresta em pé. Porém o desmatamento torna esse filtro insuficiente para o equilíbrio climático global.
Segundo informações das Nações Unidas, que faz estudos sobre impactos sobre o clima, “as emissões de gases do efeito estufa continuam aumentando. Como resultado, a Terra está agora cerca de 1,1 °C mais quente do que no final do século XIX. A última década (2011-2020) foi a mais quente já registrada”.
Para Paulo Eduardo Artaxo Netto, cientista brasileiro professor da USP, que já trabalhou na Nasa e nas universidades de Antuérpia (Bélgica), Lund (Suécia) e Harvard (EUA) e que desde 1990 é membro do IPCC (Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas) a Amazônia é possuidora da maior reserva de 120 toneladas carbono entre os continentes, ou seja, a destruição da floresta representa cerca de 10 anos de produção de gases do efeito estufa no planeta. A solução é muito simples, manter a floresta e acabar com o desmatamento evita tais consequências, comentou o cientista em um podcast As Amazonas.
O Acordo de Paris é um compromisso mundial sobre as alterações climáticas e prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Para que esse acordo entrasse em vigor, era necessário que os países que representam em torno de 55% da emissão de gases de efeito estufa ratificassem-no. Em 12 de dezembro de 2015, o acordo foi assinado após várias negociações, entrando em vigor em 4 de novembro de 2016. Até 2017, 195 países assinaram e 147 ratificaram.” Informou o site Uol. Mesmo com tamanha adesão, o Brasil, assim como países mais desenvolvidos, não apresenta ações eficazes para conter os avanços da degradação ambiental. No próprio acordo, não há explicitamente, punições para que descumpre o mesmo, cabendo ao gosto de governos favoráveis ou não o cumprimento de metas que beneficiam seu próprio povo e a humanidade.
O cientista destacou o papel do governo federal, congresso nacional e judiciário brasileiro como corresponsáveis pela insuficiência e ineficácia das ações pró meio ambiente. O alinhamento da bancada ruralista e favor de grilagem de terras nos biomas sensíveis para exploração agropecuária e obtenção de lucros em causa própria; a fraca atuação do poder judiciário em punir os crimes ambientais, a falta de políticas conservadoras para a manutenção da floresta pelo poder executivo levam o país para o nível mais baixo de proteção do meio ambiente e com isso a perda de 15% da floresta Amazônica até o momento segundo dados oficiais citados no podcast.
Lembra daquele cafezinho? Pois é, você já tentou passar mais um com a borra já utilizada? À medida que mais água se coloca, menos café está saído pelo filtro. A floresta degradada não se recompõe com o tempo, levou milhares de anos para se formar o bioma amazônico e em poucas décadas está se tornando ameaçado pelas ações humanas e políticas ante meio ambiente. Quanto mais gases no ar, menos floresta, mais impactos ambientais desfavoráveis ao Brasil se produz sem freio. A exemplo, o aumento da temperatura na cidade de Manaus, grandes cheias, secas em outros lugares do país e impactos econômicos visíveis mesmo em decorrência de outros fatores internacionais. A conta de luz é um mal necessário que mais tem se elevado em decorrência da falta de chuvas na região sudeste, os grandes consumidores.
“O eco sistema Amazônico está em rápido processo de mudança e afeta a floresta, biológico e o ecossistema”. Enfatizou o cientista. O povo amazonida vive na pelo as variações e efeitos das mudanças do clima, antes fenômenos, hoje já podemos declara maratona de causas como calor, cheias de rios, seca em lugares isolados, excesso de chuvas em outros. Não basta ligar o ar-condicionado no 16ºC fechas as portas e relaxar bebendo uma xicara de café após a refeição. Essa satisfação requer um avanço consciente de que o mudo precisa de mais floresta e menos produtos poluidores. Quem faz a diferencias? Você. Ou você muda de atitudes escolhendo melhores governantes responsáveis pelo todo ou pagaremos ainda mais caro o que temos de graça, a nossa Amazônia. O preço vem na sua conta de luz, água e gás só pra iniciar uma outra conversa, mas não deixe o café azedar por causa de muitos problemas, apenas seja mais responsável pelo nosso meio ambiente.