Ensaio Negritude

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Ensaio produzido pelos alunos do curso de Jornalismo

Álvaro Damasceno de Lima

Syrrames Nobre de Mendonça

Beatriz Carvalho de Souza

Orientação: Prof.  Helder Ronan de Souza Mourão

Ao longo de toda a história brasileira, o negro é visto em situação de submissão, pobreza e marginalização. Esses estereótipos e preconceitos tem os levado a um cenário de completa humilhação, em todos os sentidos. Aprendem desde muito cedo, através das reproduções ideológicas que os padrões de identidade valorizados na sociedade são os de pessoas brancas, sendo um representativo de sucesso, inteligência, beleza, entre outros aspectos positivos.

A narrativa visual busca desafiar e confrontar a coletividade, de forma a explorar os tipos de beleza, identidade e traços marcantes de quatro pessoas negras, indo de encontro aos velhos preconceitos inerentes a sociedade brasileira, de que essa parcela significativa de pessoas pretas devem ficar escondidas, quietas e neutras, sem qualquer tipo de expressão visual e manifestação, mesmo somando 54% da massa brasileira.

O ensaio fotográfico teve como principal inspiração bibliográfica o livro “A Cultura da mídia – estudos culturais: identidade e política entre o moderno e pós-moderno” de Douglas Kellner (2001), mais especificamente o capítulo 5, intitulado “A voz negra: de Spike Lee ao rap”, um estudo crítico sobre o impacto da Cultura da mídia na formação das lutas e discursos sociais de grupos oprimidos existentes.

A proposta é analisar como a mídia reforça a  construção de identidade racial, em confronto com outros aspectos identitários, como classe social, sexo e gênero que dão sentido ao mundo. Essa inclusão social que antes era vista à margem, origina uma série de questionamentos e debates, especialmente pela forma como eram enxergadas, por meio de estereótipos pela tonalidade da pele.

Os conceitos que giram em torno do tema ganharam força e significação ao longo dos estudos.
Se antes haviam figuras emblemáticas como Zumbi dos Palmares, Dandara e Luís Gama como exemplos de representatividade, hoje, com todos os avanços sociais e tecnológicos, há a presença de personalidades e artistas como Marielle Franco, Taís Araújo, Iza, Beyoncé, Naomi Campbell, Lázaro Ramos, Projota, Emicida, David Miranda, Donald Glover, dentre outros, inspirando e sendo exemplo de luta pela igualdade de direitos e inclusão social da população negra no Brasil e no mundo.


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