Produzido pelos alunos do 2° período de Jornalismo Matutino
No dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, o Centro Universitário Fametro realizou rodas de conversa para chamar a atenção sobre o assunto. No auditório da Unidade 5 aconteceu a roda de conversa “Desafios e Estratégias na Saúde Mental do Universitário”. Já na Unidade 1 os alunos do curso de Jornalismo abordaram o tema “Quebrando o silêncio: a importância do diálogo na prevenção ao Suicídio”, em que os acadêmicos tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências.
O coordenador do curso de Psicologia, Wenderson Oliveira, um dos organizadores do evento, demonstrou seu entusiasmo com a realização do projeto. “Hoje muito feliz fico porque o Setembro Amarelo deixa de ser um assunto de uma profissão específica e se torna um caso de saúde pública.”
Com entrada mediante a 2 kg de alimentos, que serão arrecadados e destinados a casas de apoio e equipes parceiras da FAMETRO, foi realizado um evento que aborda um tema crucial para a comunidade acadêmica, o Setembro Amarelo. Ele contou com a participação de especialistas de diversas áreas, incluindo psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e profissionais da saúde, que compartilharam seus conhecimentos e abriram espaço para discussão, permitindo que os universitários dividissem experiências e ideias uns com os outros.
O evento teve um público total de 166 alunos no auditório, e ao fim da palestra foram distribuídos para os acadêmicos cartões com mensagens em relação a prevenção ao suicídio. Para a aluna do curso de Enfermagem e vice-presidente da Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade (LAESC), Joyce Cristine Viana da Rocha, explica que o projeto aborda diversas áreas da saúde, e nesse mês, visa a prevenção ao suicídio.
De acordo com um levantamento feito em 2019 pela organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 14 mil pessoas morrem por ano no país, cerca de 38 pessoas por dia, onde a faixa etária principal é entre 15 a 29 anos. Essa estatística é alarmante comparada a idade dos estudantes médios que estão matriculados em ensino superior, que é de 26 anos. Assim, estando no quadro de pessoas que mais morrem por suicídio.
Para os alunos que assistiram a palestra do Setembro Amarelo, ficou a mensagem de como lidar com toda pressão acadêmica. “É uma fase nova onde estamos passando por um turbilhão de emoções, que estamos nos descobrindo. E essa palestra é essencial para entender que temos que nos acalmar”, disse a aluna de Fisioterapia, Isabele Heloísa.
De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio. O objetivo das rodas de conversa, de acordo com uma das alunas responsáveis pela organização, Micaele Souza, 21, é conscientizar as pessoas a ajudar aquelas que se sentem desmotivadas, levando-as a tomar atitudes preventivas não só no mês de setembro, mas ao decorrer de todo ano.
Micaela enfatiza a importância de dialogar sobre o assunto, e comenta que há um tabu em relação a conversar sobre sentimentos. “O foco está em conscientizar sobre a importância do diálogo aberto sobre saúde mental, oferecendo apoio emocional e informações sobre serviços de apoio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento gratuito para pessoas em sofrimento emocional. É possível entrar em contato com o CVV pelo número 188.
Além das rodas de Conversa, os alunos de Psicologia, Serviço Social e Jornalismo realizaram uma parada de mobilização nas principais vias (Constantino Nery e Djalma Batista), com cartazes com frases de apoio à vida. A funcionária da Clínica Fametro, Maridalva Amorim, disse que a cada mês tem uma ação com um propósito, seja palestra, divulgação, roda de conversa.
O coordenador de Psicologia, Wendersson Oliveira, relata que a saúde mental é uma responsabilidade da família passada para sociedade. Segundo ele a a psicologia se molda à sociedade”.