Por: Hillary Cruz, Igor Kalee e Walison Teixeira
O sonho de vários estudantes do Amazonas foram interrompidos de fazer uma faculdade pelo descaso do poder público com a Cidade Universitária da UEA, uma dessas pessoas é a Estudante de TI, Rayane Cristina de 20 anos, moradora do Município de Iranduba que mesmo que esteja estudando, tem que se locomover até Manaus e enfrentar muitos problemas e, um deles é a distância, pois os estudos no município onde ela mora, facilitaria o acesso.“ Como eu venho de uma família classe baixa, a Cidade Universitária era um sonho, com certeza eu me sinto prejudicada, pois como esse sonho foi interrompido por conta da paralisação das obras, tenho que gastar o dinheiro que não tenho pra pagar transporte até Manaus para estudar e geralmente acabo chegando atrasada” explicou.
Audio – https://drive.google.com/file/d/1HHFwL_l1DIzBgG568qSxyTT-AETU2WZ8/view
Foto: Hillary Teixeira
‘’Efeito dominó’’ segundo o dicionário Aurélio, é um efeito que acontece em cadeia, ou seja, um acontecimento se sucede a outro. Foi o que aconteceu com José Roberto o “seu Zé” morador do Iranduba, ambulante que não quis se identificar, mas comentou que se a Cidade Universitária fosse realmente construída, além de desenvolver a Cidade, ajudaria muitos ambulantes que trabalham com vendas, pelo menos na parte externa da Universidade, seu Zé ainda afirma que seria um sonho, pois “ Nós estávamos confiante que daria certo, vimos as obras sendo feitas com o pessoal aí construindo tava todo mundo com esperança, mas fazer o quê, né ? Agora tenho que ficar procurando outro lugar pra vender minhas coisas, se tivesse a Universidade pronta, facilitaria demais pra nós” Disse.
Foi prometido por governos passados um complexo que abrigaria mais de 2 mil alunos com residenciais, estrutura viária, serviços públicos numa área de 13 milhões por metro quadrado.
Mas, é aquele ditado popular do famoso entra governo e sai governo, com isso, as obras foram literalmente paradas. Entretanto, o rombo orçamentário segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) custou a bagatela orçamentária de 207 milhões só dos estudos sobre o impacto ambiental, com base nesses acontecimentos o então Deputado Estadual Luiz Castro (PDT) questionou sobre o caso ao Ministério público de Contas ( MPC-AM ) que abriu uma investigação para apurar esses números e dá esclarecimento.
A capital Manaus e também do interior, o projeto Cidade Universitária da UEA acabou por se tornar um pesadelo. As obras que poderiam ter sido concluídas em 360 dias segundo o Portal da Transparência, encontra- se em total abandono, o então Deputado Estadual na época, Luiz Castro (PDT) , foi visitar a Cidade e explanou dizendo o que ele viu foi problemático desde o começo, o que o chegou a dizer que era fruto de um Governo megalomaníaco e que não tiveram empatia para com a comunidade acadêmica, e os moradores entorno do Iranduba.
Na época, Castro foi um dos poucos contra a implantação do projeto, pois segundo ele o Estado não tinha orçamento para a conclusão da Cidade Universitária.
E as coisas foram se mostrando fatos, quando depois de alguns meses as obras foram paralisadas, a Universidade do Estado do Amazonas UEA, informou em nota que não daria mais para prosseguir por falta de recurso, além disso, o Ministério Público Federal (MPF) questionou o licenciamento ambiental da área
Atualmente, o lugar se encontra em escombros como se numa espécie de terreno baldio, o pior de tudo é que foram investidos milhões do dinheiro público e a primeira fase se quer passou dos 20% de edificação executada, nem no pior dos mundos era de se imaginar que isso fosse acontecer aos sonhos daqueles que almejava fazer um curso superior numa instituição pública e também ter um campos de referência ia também gerar empregos movimentando também a economia Município de Iranduba. E futuro ?
Os novos passos para a Cidade Universitária ainda é incerto, por meio de nota o Governo do Amazonas estuda a possibilidade da estrutura já construída para abrigar o primeiro parque tecnológico do estado. Segundo o governo, a UEA viabiliza um estudo para a rever técnicas de captação financeira para a realização das obras. O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF- AM) apontou irregularidades e fizeram uma audiência, o que resta agora é ter esperança que o próximo Governo minimize o problema e dê uma resposta definitiva à população.
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