Por Paulo Rodrigo
As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos, um problema recorrente na saúde dos brasileiros. Em média diária, mais de mil pessoas perdem suas vidas por algum tipo de doença relacionada ao coração, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Esse número é o dobro de mortes causadas por todos os tipos de câncer. Por isso, Por isso, é necessário propor mudanças no estilo de vida para evitar o desenvolvimento destas doenças.
Entre os brasileiros, as doenças cardiovasculares mais comuns são hipertensão, insuficiência cardíaca, além de infarto, arritmia cardíaca, aneurisma e cardiopatia congênita. De acordo com o médico generalista do Hospital Geral de Manacapuru, Flávio Renan, as cardiopatias podem ou não ter sinais e sintomas parecidos. “Não existe um sintoma que vai estar presente em todas as doenças cardiovasculares, mas se o médico constatar falta de ar, dispneia, edema ou sinal de congestão é sinal de que alguma coisa pode estar errada.”
O consumo de álcool e o tabagismo estão bastante ligados com as cardiopatias. Diabetes, colesterol elevado, estresse, hipertensão, sedentarismo e obesidade também são considerados fatores de risco que podem causar futuros problemas cardiovasculares.
No final de 2013, o aposentado Pérycles Lages, 61, foi vítima de um entupimento arterial. “Comecei a ter alguns sintomas de falta de ar, chegando a desmaiar. Foi quando eu procurei um médico, que pediu exames para verificar minha saúde e constatou que minhas veias do coração estavam entupidas. Ao todo, tive que fazer seis procedimentos cirúrgicos. Hoje, por conta desse processo, criei o hábito de consumir mais vegetais e eliminei completamente o óleo de cozinha no preparo das alimentações, além de reduzir o consumo de sal e açúcar”, relatou.
Mulheres com doenças cardiovasculares
Por muito tempo, acreditou-se que os homens tinham mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares do que as mulheres. Porém, estudos recentes feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as doenças que afetam o sistema circulatório são responsáveis por 33,3% de todas as mortes de mulheres no mundo.
Hábitos alimentares
A alimentação está muito relacionada com os problemas no coração. A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) indica que comer muito ou de modo errado pode ser um dos riscos de doenças cardiovasculares, pois podem contribuir com o desenvolvimento ou intensificação de diabetes, hipertensão, colesterol e triglicérides elevados. Além disso, seguir dietas irregulares para o corpo é um procedimento que pode agravar essas doenças. Por isso, é recomendado, sempre que possível, procurar um profissional especializado em nutrição para identificar uma dieta recomendada para o paciente.
De antemão, a SOCESP indica alguns alimentos benéficos para o coração. Ricos em ômega 3, os peixes de água fria podem ser uma alternativa para quem está buscando uma alimentação sadia. Além do mais, alimentos ricos com substâncias antioxidantes como o alho, ricos em fibras solúveis como a aveia, além de laticínios desnatados, castanhas e nozes podem ser benéficos para a redução de doenças cardiovasculares.
Entretanto, é necessário tomar cuidado com o consumo de açúcar, pois promove a elevação de insulina no sangue, podendo resultar na obesidade ou diabetes. Além disso, o uso excessivo do sal pode elevar a pressão arterial. Carnes processadas e gorduras trans são grandes fatores de risco e não devem entrar no hábito diário de alimentação das pessoas.
Atividades físicas
A prática de atividades físicas, pré-avaliadas por um profissional de saúde, pode reduzir a pressão arterial e o colesterol, além de melhorar a qualidade do sono e o aumento de energia. O doutor Drauzio Varella sugere praticar atividades aeróbicas, como explica no vídeo abaixo: