O Dilema das Redes: documentário da traz visão pessimista sobre as redes

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Por Eduarda Vitória

O fato de você pesquisar por algum produto e de repente ele começar a aparecer nos anúncios de todos os sites possíveis que você navega causa uma sensação de vigilância constante. Esse é um dos tópicos abordados em “O Dilema das Redes”.

Dirigido por Jeff Orlowski, o documentário que teve estreia na Netflix, traz à tona como a ascensão da inteligência artificial, por meio de algoritmos de aprendizado de máquina consegue controlar como a informação chega até nós e como a recepção da informação pode impactar a democracia.

Os algoritmos são desenvolvidos para capturar, bem como tratar, um grande número de dados que são fornecidos quando acessamos essas mídias e tentam prever seu comportamento diante das ações no cotidiano, por meio do seu smartphone, notebook, tablet ou computador.

Não “pagamos” para acessar as redes diretamente, mas quanto mais tempo passamos nas redes sociais, mais anúncios são consumidos, consequentemente mais lucros geramos aos anunciantes. E o que são oferecidos a eles? Seus dados e informações, este é o ciclo. “Se você não paga pelo produto, o produto é você”.

O documentário alterna entre a discussão do tema por alguns ex-funcionários de empresas como o Google, Facebook e Pinterest, uma psicóloga, uma psiquiatra, cientistas da computação e o uso de uma sequência fictícia na narrativa. A encenação mostra a vida de uma família de classe média, sua relação com as redes sociais e a internet e os impactos na estrutura familiar.

Cada curtida, comentário, rolamento no feed e até mesmo o tempo passado olhando para uma imagem é guardado e utilizado para direcionamentos. O filme aborda também sobre o aumento de depressão e suicídios em pessoas mais jovens, causados por esse mundo extremamente conectado.

Por um lado, a manipulação social -o vício- (comparado ao uso de drogas). Por outro, a manipulação política e a criação de “bolhas sociais” estabelecidas, já que o usuário é direcionado para aquilo que gosta e há a divisão de posicionamentos políticos distintos.
Apesar dos riscos, voltar atrás não é a solução, mas há a chance de diminuir os danos causados pelas redes sociais. Uma das soluções concluídas pelo documentário é a regulamentação destas empresas e para os entrevistados, a mais fácil (ou não tão fácil assim): desativar todas as notificações.

Gostou do conteúdo? Então continue conosco e confira as nossas impressões sobre o filme “O abutre“!

 


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