Setembro Amarelo: conheça os principais tipos de depressão

A depressão é um transtorno mental que afeta a população em geral, manifestando-se de diversas formas e intensidades, ela não é uma condição igual para todos; ela pode variar bastante em termos de sintomas, duração e efeito na vida do indivíduo. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, correspondente a mais de 11 milhões de pessoas, o Brasil tem o maior índice da América Latina e o segundo maior das Américas, depois dos Estados Unidos, dados do IBGE 2019. 

Essa matéria busca explorar os diferentes tipos de depressão, suas características, causas e tratamentos, enfatizando a importância de um diagnóstico adequado para o controle eficaz do transtorno.

Tipos de depressão

Depressão Maior

A depressão maior, também conhecida como transtorno depressivo maior, é caracterizada por episódios persistentes de tristeza intensa e perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas. Os sintomas incluem alterações no apetite, sono irregular, fadiga, dificuldade de concentração e pensamentos suicidas. Essa forma de depressão pode durar semanas ou meses e requer tratamento especializado.

Distimia (Transtorno Depressivo Persistente)  

A distimia é uma forma crônica de depressão leve a moderada que dura pelo menos dois anos em adultos (um ano em crianças e adolescentes). Os sintomas são menos intensos do que na depressão maior, mas são persistentes, levando a uma sensação constante de tristeza e desmotivação. Mesmo que os indivíduos com distimia possam funcionar em suas rotinas diárias, a condição pode afetar significativamente sua qualidade de vida.

Depressão Bipolar  

O transtorno bipolar envolve episódios alternados de depressão e mania ou hipomania. Durante os episódios depressivos, os sintomas são semelhantes aos da depressão maior. No entanto, durante os episódios maníacos, o indivíduo pode experimentar uma elevação extrema do humor, aumento da energia e impulsividade. O tratamento para o transtorno bipolar geralmente envolve estabilizadores de humor.

Depressão Sazonal (Transtorno Afetivo Sazonal – TAS)

A depressão sazonal é um tipo específico que ocorre em determinadas épocas do ano, geralmente no inverno, quando há menos luz solar. Os sintomas podem incluir fadiga, ganho de peso e isolamento social. A terapia com luz e intervenções psicoterapêuticas têm se mostrado eficazes no tratamento dessa condição.

Depressão Pós-Parto 

Esta forma de depressão afeta mulheres após o parto e pode ocorrer dentro das primeiras semanas ou meses após o nascimento do bebê. Os sintomas incluem tristeza intensa, ansiedade extrema e dificuldades para cuidar do recém-nascido. O apoio emocional e tratamentos adequados são fundamentais para ajudar as mães a superar essa fase desafiadora.

Depressão Atypical (Atypical Depression)  

A depressão atípica é caracterizada por sintomas que podem incluir aumento do apetite ou ganho de peso, hipersensibilidade à rejeição e sensação temporária de melhora nas atividades prazerosas. Essa forma pode ser mais difícil de diagnosticar devido à variação dos sintomas.

Causas da depressão

As causas da depressão são multifatoriais e podem incluir fatores genéticos, bioquímicos, psicológicos e ambientais. Traumas passados, estresse crônico, desequilíbrios químicos no cérebro (como serotonina e dopamina) e fatores socioeconômicos também desempenham um papel significativo no desenvolvimento da doença.

Tratamento

O tratamento da depressão varia conforme o tipo e a gravidade dos sintomas. As opções incluem:

Psicoterapia: Terapias como a terapia cognitivo comportamental (TCC) têm se mostrado eficazes na modificação dos padrões de pensamento negativos.

Medicação: Antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a equilibrar os neurotransmissores no cérebro.

Mudanças no estilo de vida: Exercício regular, alimentação saudável e práticas como meditação podem contribuir para a melhoria dos sintomas.

Terapias alternativas: Em alguns casos, abordagens como acupuntura ou fitoterapia também são consideradas.

A Psicóloga Michele Barbosa, que atua na abordagem em terapia cognitiva comportamental, Neuromodulação e neuropsicologia, na qual ela utiliza  técnicas de confrontação de pensamentos negativos, das quais ajudarão o paciente a avaliar os próprios pensamentos e crenças, ressalta a importância das terapias.

“A terapia cognitiva comportamental é indicada para pessoas com depressão, porque ajuda a identificar e alterar padrões de pensamento negativos e comportamentos inadequados.” ressalta Michele Barbosa.