Prática da dança se intensifica como forma de distração na pandemia

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Por Maria Fernanda

O isolamento social por conta da pandemia da Covid-19 é desafiador em muitos aspectos para a população, apesar das maiores preocupações serem saúde, cuidados de higiene e economia, os passatempos para se fazer em casa longe de bares, casas de entretenimento e shoppings também tiveram de ser reinventados. As redes sociais foram além de fotos e memes, no ano de 2020 o TikTok, por exemplo, que é voltado para vídeos, causou uma febre entre os jovens com vídeos humorísticos, utilitários e mais conhecido ainda: de dança.

Apesar da maior parte dos posts serem performados por amadores, a brincadeira gerou um interesse público pela dança e de diferentes ritmos. Hoje (29) é comemorado o dia internacional da Dança, e no novo normal destaca-se que além de ser uma expressão artística, passou a ser uma rota de fuga para a monotonia.

Húrssula Cunha, professora de balé do Backstage Studio de dança, relatou que a procura pela modalidade aumentou durante a pandemia, e durante o isolamento, teve que dar suas aulas através de videoconferências.

Rita de Cássia | Foto: Acervo pessoal

A bailarina Rita de Cássia dos Santos, foi uma das que teve que continuar as aulas de forma online. É aluna de balé clássico e Jazz e conheceu a dança antes mesmo da pandemia. Ao contar sobre a experiência com esta arte, e como ela ajudou na qualidade de vida, a jovem destacou: “eu já tinha isso antes da pandemia, mas ficou muito mais forte durante, principalmente pela segunda quarentena que vivemos no início desse ano, eu me apeguei muito as minhas aulas online e foi realmente o que me deu forças pra não desistir e acreditar que as coisas iam melhorar, mesmo tendo um dia muito ruim eu sabia que de noite ia ter minha aula e ia ser pelo menos um momento que eu faria o que eu gosto e, mesmo com a distância, estaria com pessoas que gosto”.

Welmer Sales, que antes não costumava dançar, adotou a dança como um hobby durante o isolamento, e prova que não precisa de um curso profissional para isso, pois aprendeu em plataformas gratuitas como o YouTube,“eu sempre gostei de dançar, mas não tinha o hábito. Com o isolamento, eu vi a necessidade de procurar maneiras para relaxar e sair da monotonia do confinamento e a dança foi um hobby que eu descobri durante essa pandemia”. O jovem também destacou que o gosto pela dança começou de forma despretensiosa, como forma de diversão, mas que observou que ela o faz bem quando começou a aprender coreografias novas em pouco tempo.

A dança também é uma forma de se exercitar e cuidar da saúde. Segundo o site institucional da Unimed, uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a dança favorece a regeneração das células cerebrais, e também que a prática contribui para prevenir e combater a depressão.


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