Qual o futuro do trabalho?

Durante os dias 12 e 13 de setembro, a Associação Brasileira de Recursos Humanos  Amazonas (ABRH-AM), realizou o 21° Congresso Amazônico de Recursos Humanos (CONAMARH). Promovido no Centro de Convenções Vasco Vasques, localizado na zona centro-sul de Manaus, o evento contou com diversos estandes e palestrantes debatendo temas relevantes como a inovação no futuro do mercado de trabalho, fomentando a inclusão e a diversidade visando a aproximação nas relações entre gestores e colaboradores.

Com o tema central “Liderando o Futuro do Trabalho”, o congresso, que teve como proposta explorar promessas de mudanças no cenário profissional nos próximos anos. Trazendo à luz planejamentos modernos e práticas de gestão avançadas para qualificar líderes a encarar as adversidades do futuro do trabalho, também se mostrou um excelente meio para networking.

Liderança feminina 

Uma das palestrantes regionais foi a gerente de Recursos Humanos da Moto Honda da Amazônia, Mônica Siqueira, que se apresentou no dia 13/09. Ela falou sobre os desafios da liderança feminina no mundo do trabalho. “O papel da área de RH é liderar, articular e medir as iniciativas que fomente uma cultura inclusiva e diversificada. E isso não se refere somente às mulheres, a mulher é somente um dos grupos menorizados, mas existem tantos outros grupos que merecem ser trabalhados e identificados”, afirmou Mônica.

Ainda sobre o tema, Mônica acrescentou que é preciso adotar uma sistemática de capacitação e engajamento da alta liderança, pois o viés inconsciente ainda é muito pesado.

“Para assegurar a entrada de mulheres no mercado de trabalho, o processo seletivo precisa ser inclusivo, eliminando o viés inconsciente e alcançando grupos mais diversificados de candidatos. Rever os processos de seleção das empresas e implantar programas de mentoria e desenvolvimento de carreira que possam apoiar esses grupos menorizados”.

Agilidade emocional: o paradigma da liderança no futuro do trabalho

Uma das reflexões na convenção foi a transição do modelo de liderança do passado para o futuro. O mentor de executivos e coach de performance e liderança, Paulo Alvarenga, destacou alguns assuntos que englobam a agilidade emocional em relação aos líderes no meio profissional. Para ele, o autoconhecimento é a base para uma liderança mais consciente e alinhada com o propósito maior e o feedback diário e foco nos pontos fortes são essenciais para o crescimento pessoal e profissional.

“O ponto focal de uma organização deve ser a liderança. Se você quer mudar uma empresa só existem duas alternativas: ou os líderes precisam mudar a mentalidade e o jeito de agir, ou você tem que mudar os líderes da sua empresa. Pois o líder é o catalizador de uma organização, de uma cultura, ele é o catequizador daquilo que você quer que aconteça. Então é a partir da perspectiva de mudança da liderança que se consegue o resultado”, destaca Alvarenga.

Sobre a ABRH-AM

A ABRH-AM, fundada em 10 de maio de 2000, é uma organização sem fins lucrativos que faz parte da ABRH-Brasil, entidade com mais de 57 anos de atuação. Sua missão é disseminar conhecimento sobre o mundo do trabalho, contribuindo para o desenvolvimento de pessoas e organizações, com foco na construção de um mercado de trabalho mais justo, inclusivo e disruptivo.

Texto e fotos: Pietra Sadim / Fametro