A dor e a delícia de organizar um evento de comunicação

Como 17 alunos se dividiram para que um projeto que parecia maior do que  eles,  saísse do papel e superasse expectativas

 Por Larissa Alves/Agência Comunica

Organizar um evento acadêmico é uma batalha por si só, mas para a turma de 17 alunos do 5º período de Jornalismo de 2024, que encarou a Semana Acadêmica de Design e Jornalismo com apenas “um punhado” de gente, o esforço virou uma verdadeira operação “puxirum” – todos juntos e cada um fazendo um pouco de tudo.

O estudante Gabriel Horta, representante da turma, conta que foi um corre-corre generalizado: “Todo mundo teve que fazer duas, três, até quatro funções! Eu cuidava da mídia, mas também precisava entrar em contato com o pessoal do Design, ver os crachás… foi uma correria muito grande, mas deu muito certo”, conta, com o alívio de quem passou pelo furacão e saiu ileso.

Com a equipe reduzida, a turma precisou compensar a falta de braços, pernas e cabeças pensantes, com muita conversa e sintonia. “A gente se aproximou muito, porque não tinha outra opção. Se rolasse qualquer desentendimento, ia descarrilhar de um jeito que a semana não ia sair!”, rememora Gabriel.

A turma tinha a responsabilidade de organizar os dois primeiros dias da Semana Acadêmica: a abertura com palestra e as oficinas, que precisavam estar alinhadas com o tema “Convergência de mídias”, que contou com o apoio do curso de Design, que trouxe um toque visual e estético ao evento.

“A colaboração com o Design foi essencial. Eles entenderam nossa situação, abraçaram a ideia e entregaram um trabalho lindo”, conta Gabriel.

Admiração  

Enquanto a turma corria para garantir que tudo estivesse impecável, a coordenadora do curso de Jornalismo, Leila Ronize, acompanhava o empenho com admiração. “Esses alunos vestiram a camisa e foram muito além. Apesar do nervosismo, lidaram com os imprevistos com um profissionalismo impressionante”, diz a professora. Inclusive, quando a chuva deu as caras e afastou alguns inscritos das oficinas, a turma de Gabriel não titubeou: “Saíram atrás dos alunos, literalmente buscaram quem dava para estar lá. Foi um esforço coletivo lindo de ver”, pontua a coordenadora.

No fim das contas, a Sajor virou o símbolo de uma jornada de aprendizado prático que trouxe à tona o espírito de equipe e a determinação desses ‘focas’. “Foi recompensador demais ver tudo isso acontecendo, com todo mundo participando, sentindo que valeu a pena. Estamos ansiosos para ver o que as outras turmas vão trazer nos próximos dias”, diz Gabriel, já com um olhar de dever cumprido.

A Sajor: No puxirum da comunicação foi, então, não só um mais evento para o curso de jornalismo, mas também uma experiência para essa equipe que, mesmo reduzida, mostrou que quantidade não define qualidade.

Fotos: Beatriz Sampaio/Agência Comunica